A estudante brasileira da Universidade de São Paulo (USP) Ingride Silva esteve ontem, 27 de janeiro, na Universidade de Cabo Verde – Campus da Praia, para proferir uma palestra intitulada “A Narrativa Disruptiva: Das trajetórias às Realizações”.
A estudante-palestrante está em Cabo Verde no âmbito do programa mobilidade de estudantes universitários, fruto de uma parceria entre a sua universidade e a Universidade de Cabo Verde.
Um presente deixado aos estudantes da UniPiaget antes da sua ida ao Brasil.
A essência desta palestra é dar a conhecer as trajetórias académico-sociais percorridas pela própria estudante nos últimos sete anos, período que compreende os anos de sua graduação na USP.
Uma trajetória pessoal, acadêmica e cultural, com enfâse nas pesquisas científicas desenvolvidas em prol da cultura afro-brasileira e de atividades lúdicas de dança africana e afro-brasileira.
De entre as pesquisas científicas já desenvolvidas e apresentadas, Ingride Silva destaca os aspetos linguístico-cultural dos africanos presentes em diferentes linguagens, a produção de materiais didáticos para os falantes de português como língua de acolhimento e a importância da língua na identidade do povo negro.
Conforme avançou a palestrante, esta apresentação elucida a descontinuidade de um processo de desigualdade e falta de oportunidade que as famílias negras brasileiras enfrentam para alcançar uma vida condigna.
Realçando a importância da identidade negra, Silva declara que em muitos casos ela precisou ser muito forte, tanto na aceitação da identidade negra como na questão da invisibilidade das mulheres negras na sociedade brasileira.
Ingride Silva que nasceu em Aracaju – Sergipe, o menor estado brasileiro situado no nordeste, diz que pertencer a este mesmo estado brasileiro e negra, já passou por muitas dificuldades, fatos que a tornaram ainda mais forte para alcançar os seus objetivos.
O momento foi de troca de experiências entre a palestrante e os participantes.
A docente Carla Semedo, promotora da palestra e os participantes não esconderam a satisfação por terem participado neste evento que, de entre outros fatores, valoriza a cultura negra e promove a sua consciencialização.
Ingride Silva é mestranda em “Diversitas” pela Universidade de São Paulo.
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