O antigo Primeiro-Ministro de Cabo Verde José Maria Neves elogiou ontem, 12 de dezembro, os feitos do escritor Teixeira de Sousa, num dueto cultural com o também antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros Jorge Tolentino, que falou em “traços ou momentos e facetas deste escritor, “habitualmente não abordados ou apenas incidentalmente abordados”.
A conferência decorreu em resultado de uma parceria entre a Fundação José Maria Neves para a Governança e a Universidade ²ÝÁñÉçÇø, sob o tema “Teixeira de Sousa: Um Ilhéu de Causas”.
Tratou-se de uma forma de assinalar o centenário do nascimento de Teixeira de Sousa (1919-2006).
No fundo, as duas entidades – Fundação e Universidade – quiseram debater, homenagear e reconhecer o papel daquele que também foi médico, político e nutricionista, tendo deixado uma plêiade de obras literárias e não só.
Para o presidente da Fundação, José Maria Neves, hoje em dia quase que não se ouve falar desta “grande personalidade” que marcou a história de Cabo Verde e quando se ouve falar, sempre é uma abordagem sobre Teixeira de Sousa enquanto escritor e médico.
A este propósito, Tolentino disse que Teixeira de Sousa teve um papel fundamental na formulação e implementação de políticas públicas em domínios sensíveis do desenvolvimento local e regional, particularmente na Ilha de São Vicente.
Para Jorge Tolentino, importa trazer à tona os “traços, ou momentos ou facetas habitualmente não abordados ou só incidentalmente abordados”.
Em seu entender, está-se perante um homem singular, de uma extraordinária densidade ética e, por isso mesmo, um cidadão a tempo inteiro, tão simples como multifacetado e complexo, sempre interveniente e solidário, coerente e frontal, combativo e, sobretudo, incorruptível.
A conferência decorreu no auditório da UniPiaget, tendo tido na plateia estudantes, professores, homens da cultura, políticos e outros interessados da sociedade civil.
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